A comunicação entre o cão e o homem


A comunicação entre o cão e o homem
Fonte: Dr. Márcio Infante Vieira

Quando os cães se encontram podem brincar, brigar ou então se ignorar completamente, não tomando conhecimento da presença um do outro. Eles, no entanto, podem se cheirar, levantar as orelhas, balançar a cauda ou latir. Além disso, os cães também “falam” ou se comunicam, mas por meio de um “código” composto por cheiros ou odores específicos, sinais e percepções. Esses animais dispõem de uma verdadeira linguagem de mensagens que faz com que eles se entendam e consigam se expressar de uma maneira bastante eficiente para as suas necessidades. Nessa comunicação eles utilizam todos os sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar. A comunicação entre os cães é vital para a sobrevivência desse animal, tendo em vista que são animais sociais, acostumados a viver em matilhas desde a antiguidade.
Linguagem dos cães e a comunicação com o homem
A linguagem dos cães não é difícil de ser compreendida e, na verdade, é bastante simples. No contato com as pessoas, eles utilizam todos os recursos disponíveis para se comunicarem e, para “facilitar” o entendimento dessa linguagem. Fornecemos a seguir a explicação de uma série de sons, gestos, expressões e atitudes dos cães e o que podem significar na sua linguagem:
- Cabeça e orelhas viradas para uma determinada direção: significa que o cão escutou algum barulho e quer localiza-lo e identifica-lo;
- Cauda balançando para os lados: se ela estiver na posição normal, significa alegria;
- Cauda levantada: o cão está pronto para a briga com outro cão;
- Cauda levantada e balançando: quer dizer alegria e segurança;
- Cauda baixa: insegurança;
- Cauda parada: inquietude;
- Cauda entre as pernas: medo;
- Cauda entre as pernas: o cão está precisando de alguma ajuda, porque está “apertado” para fazer as suas necessidades;
- Cheirar o rabo de outro cão: é uma forma de conhecer outro cão e de o cumprimentar, além de o identificar pelo seu cheiro pessoal, produzido pela sua glândula anal, uma verdadeira “carteira de identidade”;
- Dar voltas e girar no mesmo lugar, antes de se deitar e, às vezes, arranhando o local (terra, tapetes, etc.), com as unhas: é um hábito adquirido dos seus antepassados selvagens que, assim, preparavam a sua “cama” para dormir e que, para isso precisavam amassar o capim e preparar o local para se deitar;
- Deitar de costas, com a barriga para cima: os cães agem assim quando: 1 – estão muito alegres e querem brincar “dizendo”, com isso, como estão felizes com a brincadeira; 2 – quando se sentem ameaçados, portando-se como seus antepassados selvagens, deitando-se de barriga para cima, para mostrar a cor clara do seu ventre, em sinal de submissão; 3 – quando brigam e perdem, tomam essa posição, “se entregando”, indicando que não querem mais brigar;
- Destruir os objetos que encontram: é uma forma de demonstrarem que estão se sentindo sós, abandonados, desprezados e estão se vingando. Nos filhotes isso é normal e eles o fazem para brincar. Basta “zangar” com eles para que parem com esse comportamento;
- Enterrando e escondendo objetos ou “coisas”: é um costume herdado dos seus antepassados, que precisavam esconder, enterrando a comida que sobrava, para garantir a próxima refeição, caso não conseguissem caçar uma nova presa;
- Ficar se esfregando no dono, principalmente na sua perna : significa que o cão que ser acariciado;
- Dar “cutucadas” com o focinho: é a maneira de chamar a atenção da pessoa que está perto dele para, geralmente, pedir alguma coisa;
- Lambidinha: é a maior prova de afeto que um cão, de qualquer idade, pode dar a uma pessoa, lambendo-lhe o rosto e as mãos;
- Latir sem parar: significa que o cão está disposto a atacar algum intruso, homem ou animal, para defender o seu “território”, seus pertences, sua comida, sua fêmea, seu dono ou outra pessoa de sua família. Nesse caso, mostra os dentes, fica com a cara e o focinho franzidos e as orelhas para traz, mostrando que está pronto para atacar.
Existe uma infinidade de sinais característicos da linguagem dos cães que poderíamos citar, mas, além disso, cada cão apresenta elementos muito específicos e pessoais de comunicação. Esses elementos são um “código” pessoal entre o cão e seu dono, um código que acaba sendo criado com os anos de convivência.

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